Meaw, tudo bem?
Bom, vamos do início. Meu nome é Lilo, tenho 9 meses de 7 vidas, e 3 patinhas!
Eu fui adotada de uma casa que mais parecia uma fazenda, de tanto mato. Eu tinha muitos irmãos lá comigo. Mas a minha humana foi destinada nesse dia. Ela queria demais uma gatinha preta. Pelo que eu já ouvi dela, desde que ela se mudou pra cidade onde a gente mora, ela decidiu que queria uma black na vida dela. E junto comigo, veio a Nala, minha irmã mais velha.
A gente veio pra cá com uns 4 meses de primeira vida. Primeira vida porque todo mundo sabe né, a gente tem 7 pra gastar, então eu tô tranquila!
Enfim. Minha humana sempre cuidou da gente muito bem. Tirando que ela curte me amassar que nem a Felícia às vezes, ela é uma boa humana. Rola sempre uns cochilos muito bons na janela da sala ou do quarto, de vez em quando ela compra uns brinquedos pra gente (se bem que hahahaha eu gosto é da bagunça, eu curto uma caixa de papelão *-*), sombra e àgua fresca.
Desde as primeiras semanas nessa nova jornada, eu já dava sinais de que eu sou mesmo especial. De verdade humanos, eu sou. Ouço da moça que me espeta com uma agulha de vez em quando, tem um nome de humano pra isso....enfim. Ouço dela e daquela senhora que vem me dar amor de vez em quando, que eu sou diferente. Que eu nem pareço um gato. Dizem que eu sou fofa demais, carinhosa demais e tudo mais. Eu dou risada, porque eu poderia destruir a casa de qualquer uma dessas humanas, mas deixa elas pensarem que eu sou de boa hahahaha...
Se tiver alguém da comunidade de felinos lendo isso, eu posso explicar o que vem a seguir. Favor entre em contato com a minha humana, deixe nome, nome que os humanos te chamam, cor do telhado da sua casa e entraremos em contato.
Minha confissão é dura, mas eu vou faze-la. Eu me apeguei demais a essa humana engraçada que resolveu me adotar. Sei lá, eu me senti à vontade, segura, logo nos primeiros dias de convívio. Não vou mentir, as primeiras semanas são tensas. Cansa meu pêlo. A gente fica estressado, sente falta da nossa mãe felina, mia bastante, não reconhece o lugar, a posição das coisas, eu não lembro de primeira onde fica minha comida...Mas eu fui me acostumando. Minha humana foi dando sinais de que era seguro morar com ela. Que eu não precisava mais me esconder, rosnar (é, minha humana acha que gatos rosnam também, quando a gente estranha alguma coisa e faz shiiiii com a boca sabe, eriça o pêlo e tudo), enfim, eu gostei dela. Mas o que a gente não sabia ainda, era que eu tinha vindo com alguns...digamos, probleminhas, dessa outra casa que eu tava.
Minha patinha traseira, uma delas né, ficou estranha do nada. Eu me lembro que não sentia dor, mas assim do nada, eu tava no meio de um banho, ou de uma caçada noturna, ou só pulando pra algum lugar, e saía um líquido dela, que minha humana chama de sangue. Meaw...nos primeiros dias que eu e minha humana começamos nossas idas frequentes ao...ah! Veterinário. Isso. Enfim, eu não entendia porque ela parecia tão preocupada sabe. Correria pra tudo quanto é lado, pega papel, limpa o sangue, chama o táxi, liga pra mãe humana dela, chora...aí eu saía de lá, desse veterinário, sempre com a pata enfaixada. E um negócio estranho no pescoço, que a comunidade felina e também canina conhece bem. E odeia. Eu e minha humana chamamos de "cone da vergonha". Parece esse negócio mesmo, um cone, e vergonha é o caramba. Cara eu detesto quando tenho que usar aquilo. Minha irmã ri de mim, intimamente.
Hum...bom...eu preciso tirar minha humana da frente desse telão . Tenho duas opções. Ou eu sento do lado dela e começo a miar loucamente, que ela vai lá ver se eu tenho comida , ou eu simplesmente sento em cima desses botões que ela usa pra contar nossa história.
Se você gostou do que leu até aqui, você continue com a gente humano! Vai ser bem bacana a história que segue, eu tenho muita coisa pra miar!
Meaw! ♥
